quarta-feira, 15 de junho de 2011

Leis de mercado

A indústria de instrumentos musicais, como outra qualquer, visa o lucro. Até aí, nada demais, sem lucros não seria possível continuarem a fabricar os instrumentos que todos nós amamos. O problema é que algumas das marcas mais famosas, que endorsam verdadeiros ícones do rock e outros estilos abusam do direito de usar seus nomes para fabricar instrumentos muito precários e por preços absurdos. Falando mais claramente, as segundas linhas da Fender e da Ibanez deixam muito a desejar. A Gibson pelo menos mantém um bom controle de qualidade nas Epiphone, sua 2ª linha. Já os modelos mais baratos (que saem caro) das Squier e das Ibanez feitas na China, Indonésia, Cingapura e Vietnam, com raras exceções são complicados. Não há capricho no aparelhamento das peças de madeiras, muito mal desempenadas e plainadas, e os componentes elétricos e ferragens de péssima qualidade. Acontece que o adolescente ou o músico desinformado só olha para a marca famosa, pensando que é garantia de qualidade. Nada mais longe da verdade.

Nas fotos, o braço de uma Ibanez com a escala super mal aparelhada, trastes pessimamente instalados (já retificados por mim) e uma torção nas primeiras casas da região das cordas mais agudas. O tensor não deixa o braço reto e não é possível conseguir uma ação baixa nas cordas. Para deixar essa guitarra perfeitamente regulada, só com uma retífica de escala e retrasteamento.



2 comentários:

William disse...

olá amigo,
bom saber disso, eu estava pensando em comprar um baixo ibanez BTB675, fabricado na Indonésia, mas agora fiquei com medo.
O que eu não gosto é a falta de transparência dessas empresas, elas deviam pelo menos divulgar imagens e fotos das suas fábricas lá na Ásia, para ao menos a gente conhecer em que condições foram produzidos o que compramos.

Essas ephipone são boas mesmo? Posso comprar sem preocupação?
E as fender mexicanas? Será que são boas?
Obrigado.
Abraços.

Claudio Kezen disse...

Olá, William:

Olá, William. As empresas não tem fábricas próprias em países como Indonésia, Vietnam, etc... Elas contratam fábricas locais e gerenciam a produção apenas. As Les Paul Epiphones são boas, mas fuja do modelo mais barato o LP-100. Quando aos modelos SG, fuja das G-310. As Fender Mexicanas são muito boas, as peças são americanas montadas no México, apenas o acabamento é um pouco inferior, mas o preço é compensador. Abraço, Claudio.